Olá galerinha,
Vocês já ouviram falar da régua de cálculo??? Não??? Pois bem, no post de hoje, vamos voltar um pouquinho no tempo e conhecer esse instrumento matemático bastante interessante e útil na época em que não existia calculadoras.
Régua de Cálculo
Cursor da Régua de Cálculo
Régua de Cálculo Circular
Uma Régua de cálculo é um computador mecânico analógico que permite a realização de cálculos por meio de guias graduadas deslizantes.
Sua criação foi feita pelo padre inglês William Oughtred, em 1638, basendo-se na tábua de logaritmos, que fora criada por John Napier pouco antes, em 1614.
Apesar da semelhança com uma régua, destas que vocês levam para a escola, a régua de cálculo é um dispositivo que não tem nada a ver com medição de pequenas distâncias ou traço de retas. A régua de cálculo é conhecida como o pai das calculadoras eletrônicas modernas (até mesmo porque os engenheiros que criaram as calculadoras eletrônicas provavelmente fizeram isso usando réguas de cálculo), tendo sido largamente usada até a década de 1970 quando então, a versão eletrônica foi largamente difundida e aceita em função de sua simplicidade e precisão.
Quanto a precisão, as réguas de cálculo não fornecem valores exatos e sim aproximados que são aceitos como viáveis dentro de certa aplicação. Assim, um cálculo como 1345 * 3442 = ? é resolvido facilmente com uma régua de cálculo, mas, o máximo que será possível dizer do resultado é que ele está bem próximo de 4.650.000 e raramente o valor exato (4.629.490 neste caso).
Em geral, operações de adição e subtração são realizadas à mão (no lápis e papel), pois são extremamente simples quando comparadas com as demais operações. No entanto, quando queremos realizar multiplicações e divisões, a tarefa já fica mais complicada, então, são nessas operações que as réguas de cálculos entram, facilitando o trabalho, e elas fazem isso convertendo para uma soma uma multiplicação ou para uma simples subtração uma divisão. Isso é feito levando-se em conta as seguintes propriedades matemáticas:
e
A régua de cálculo é composta por dois tipos de escalas: as fixas e as móveis, e em cada uma destas partes estão distribuídas as várias possíveis escalas. Quase sempre as escalas mostradas na figura abaixo estão presentes em todas as réguas. Estas são as principais escalas, no entanto, existem muitas outras, inclusive há régua que possuem diversas partes móveis com escalas diferentes que podem ser intercambiadas na parte fixa para expandir as possibilidades de cálculos, por exemplo, na régua abaixo, não existe a escala S que faz cálculos com senos, assim, poderíamos tirar a parte móvel (composta, no caso, pelas escalas B, CI e C), e colocar uma outra que contivesse a escala S que em conjunto com a escala D permite cálculos de seno.
Na tabela seguinte encontramos algumas das escalas:
Além da parte fixa e da móvel, a régua tem ainda o cursor (você encontra a figura logo no início da postagem) que é uma janela móvel com uma linha fina que permite que pontos em escalas não adjacentes sejam alinhados.
Hoje, conhecemos um pouquinho da régua de cálculo, no post da próxima semana, “JUra? Régua de cálculo - Parte 2”, farei um passo a passo mostrando como fazer alguns cálculos com este interessante instrumento matemático.
Apareçam. :-)
Vou ficando por aqui. Um abraço!
Ju
7 de outubro de 2010 às 07:29
Nossa!!!
Mas que troço mais antiquado...
Ainda existe gente que tem e usa essa tal de "régua de cálculo"???